quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Será mesmo???



Será mesmo? Será que só você pode salvar seu parceiro? Recebo inúmeros e-mails com essa situação. Uma relação que está por um fio e a sensação de que somente o lado mais forte, ou mais fraco, salva. Somente um se responsabiliza pelos dois, pela relação, pelo que vai ser...
Recebi nesta semana a carta da Georgia, e quero compartilhar com você leitor para que possa ajudar também outras pessoas em situação similar.
"... Meu nome é Georgia e estou perdidamente apaixonada pelo Vitor. Namoramos há cinco anos e sempre pensamos em nos casar. O que acontece é que, de uns tempos para cá, ele mudou. Não fala mais em casamento, não fala mais em amor e, a cada dia, está mais distante.
Tenho a impressão de que é influência dos amigos. Eles vão para baladas, bebem, saem com todo o tipo de mulher e, pior, vivem desempregados.
Penso que, se terminar com o Vitor, ele cai de vez. Só comigo ele terá alguma chance de se acertar.
Cuido dele, dou conselhos, tiro ele dessa vida errada. Será que estou fazendo certo? Devo insistir e manter os planos do casamento? Não sei o que fazer."
Bem, salvar a si mesmo já é desafiador. Imaginar-se onipotente e capaz de salvar o outro, bom, aí fica tudo mais fantasioso. Impossível seguir com essa certeza de que vamos salvar o outro e ser feliz. Não dá. Não podemos nos misturar com o outro a esse ponto. Não podemos escolher viver a vida do outro, ou melhor, poder, podemos, - se vamos dar conta ou não são outros quinhentos... E, além disso, só temos esta vida…
Desperdiçar a vida tentando levantar, empurrar, carregar ou salvar o outro é dolorido demais.
Fica tudo muito pesado.
E esse tipo de decisão está distante de construir uma vida a dois. Na verdade, são dois construindo a vida de um! É justo? Quero crer que não. Não é justo para conosco, nossos sonhos, nossos desejos, nossa vida, nosso ser.
Afinal, cada um faz suas escolhas. E, para cada escolha, há que saber que, sim, haverá uma consequência. E, felizmente ou infelizmente, não há como interferir nas escolhas do outro. Podemos alertar, é verdade. Não vamos ver o outro queimando o dedo e ficar quietos. Sim, podemos alertar. Agora, viver para fazer isso todo o tempo? — Menos. Muito menos.
Estamos falando de homens e mulheres crescidos. Que têm uma vida com ou sem seu Salvador — nós!
Por isso, o convite para a Georgia é que ela traga o foco e a energia para si. Seus sonhos, seus projetos, seus estudos, sua vida.
Com o passar do tempo, incluir ou não outro ficará mais claro. Ela estará aberta para redescobrir-se e com isso, viver novas oportunidades, seguir o seu coração.
Nesse caso, por isso, o melhor que temos a fazer é ficar com nossa intuição. Todos temos as respostas para o que precisamos, para o que queremos para nossa vida. Se não, bom melhor começar a olhar para dentro e, identificar o que vai ser a partir daí a atitude ficará mais forte e certa.
Gosto sempre de afirmar: Na dúvida entre uma relação que tem pouco para dar certo, fique com você. Seus sonhos, sua vida, seu ser. Aos poucos você estará refeita para entrar em uma relação mais saudável.

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